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IBS na Prática: como a nova lógica fiscal vai redefinir sua rotina contábil

IBS na prática

IBS na prática

IBS na pratica

Por décadas, o sistema tributário brasileiro foi um emaranhado de regras locais, obrigações específicas e interpretações divergentes. Empresas com atuação nacional precisavam lidar com 27 legislações de ICMS e centenas de regramentos municipais de ISS. O resultado era previsível: insegurança jurídica, custo de conformidade elevado e uma complexidade operacional que engessava a tomada de decisão.

A Emenda Constitucional 132/2023 não apenas sinalizou um novo tempo. Ela marcou o fim de um modelo de origem confusa — e o início de uma estrutura que, se bem implementada, promete mais coerência, uniformidade e transparência.

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| O que é o IBS e por que ele importa

O Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) nasce da fusão entre o ICMS (estadual) e o ISS (municipal). Em termos práticos, isso significa a unificação da tributação sobre o consumo em um modelo mais padronizado, inspirado nos sistemas de IVA (Imposto sobre Valor Agregado) usados com sucesso em diversos países.

Mas o IBS é mais do que uma nova sigla. Ele representa uma mudança de paradigma:

O que isso muda na prática contábil?

A lógica de apuração muda.
O local do consumidor ganha protagonismo.
E os cadastros, que sempre foram negligenciados por muitas empresas, passam a ser pontos críticos de conformidade.

Isso transforma o papel da contabilidade: de operadora de guias e declarações para agente de conformidade estratégica.

 

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| O IBS como catalisador de uma nova contabilidade

O IBS não vem apenas substituir dois tributos. Ele redefine os fundamentos sobre os quais se organizam as obrigações fiscais e a escrituração contábil. E por isso, seu impacto vai muito além da simples “migração de sistema” ou “atualização de layout”.

Estamos falando de uma virada de chave no próprio conceito de apuração tributária. O modelo fragmentado e interpretativo dá lugar a um sistema orientado por dados, rastreabilidade e validação cruzada.

Não cumulatividade plena: a revolução que exige precisão

Hoje, o ICMS e o ISS permitem aproveitamento de créditos apenas em situações específicas, com limitações, glosas e critérios muitas vezes subjetivos. O IBS muda esse jogo:
todo crédito gerado na cadeia passa a ser aproveitável, desde que seja corretamente registrado.

Isso implica:

Qualquer erro de classificação, endereço ou omissão documental interrompe o fluxo de crédito, prejudicando a empresa e, possivelmente, gerando autuações.

Nova escrituração: digital, nacional, validada em tempo real

Com a criação da Declaração Fiscal Digital do IBS, as empresas precisarão entregar informações detalhadas, estruturadas e integradas, com consistência tributária desde a origem do dado.

A simplificação prometida pela reforma não virá pela redução de obrigações, mas pela uniformização e padronização da forma de apurar e declarar. E isso só será possível com sistemas robustos, integração tecnológica real e processos bem mapeados.

Uma contabilidade mais estratégica

Esse novo ambiente transforma o contador em protagonista.
Não mais aquele que apenas “fecha o mês”, mas aquele que:

O IBS é o catalisador de uma nova era da contabilidade: mais técnica, mais conectada, mais estratégica.

| Impactos operacionais: o que vai mudar no dia a dia

Se a teoria do IBS é promissora, sua prática exigirá mudanças concretas e profundas nas engrenagens internas das empresas. A forma como os tributos são calculados, reportados e auditados será diferente — e o contador estará no centro desse novo tabuleiro.

1. Split Payment: nova dinâmica de fluxo de caixa

Com o modelo de pagamento dividido (split payment), o valor do imposto não transita mais pela empresa.
Ele será recolhido diretamente no momento da operação, sendo transferido automaticamente para o ente federativo de destino.

Impactos diretos:

2. Localização do consumidor: variável crítica

Como o IBS é um imposto sobre o destino do consumo, o endereço de entrega da mercadoria ou prestação do serviço define para onde o tributo vai.

Erros nesse dado podem gerar:

Solução: revisão e padronização completa dos cadastros de clientes, integrados com o ERP e validados via CEP + município IBGE.

3. Novas obrigações acessórias e sistemas de apuração

O IBS trará uma nova escrituração digital, exigindo:

Exemplo prático: não bastará emitir uma NF correta — será preciso garantir que as informações do item, CFOP, NCM e destinação estejam coerentes com o uso final e tipo de cliente.

4. Consequência de falhas: perda de créditos e autuações

O novo modelo premia quem registra certo — e penaliza quem erra.
Toda falha de parametrização, erro de classificação fiscal ou inconsistência documental vira dinheiro perdido ou risco fiscal.

A zona de conforto não existe mais.

| Da execução à estratégia: o novo papel do contador

Durante anos, o papel do contador esteve fortemente vinculado à execução: fechar folha, gerar guias, apurar tributos.
Mas a chegada do IBS junto com a nova lógica de integração fiscal, acelera uma transformação já em curso: a do contador como guardião da estratégia tributária.

De apurador para analista de risco

O sistema antigo permitia certa previsibilidade (ainda que complexa).
Agora, com dados sendo compartilhados em tempo real entre entes federativos, a precisão do lançamento fiscal passa a ser um fator de sobrevivência.

O contador moderno:

 

Da conformidade formal à governança tributária

A governança, até pouco tempo um termo restrito à alta gestão, passa a ser uma necessidade contábil.

Isso significa:

 

Visão de negócios, não só técnica

A nova contabilidade exige que o profissional enxergue:

O contador torna-se, assim, parte da tomada de decisão — e não apenas o executor do que foi decidido.

 

O que diferencia os profissionais do futuro?

 

| Como se preparar: tecnologia, equipe e cronograma

A Reforma Tributária não é um evento. É um processo.
A transição para o IBS será gradual, com fases intermediárias até 2033, mas os ajustes começam agora e não há espaço para improviso.

Empresas que tratam esse momento com estratégia vão ganhar eficiência, competitividade e tranquilidade fiscal.
As que esperarem o “obrigatório bater à porta” viverão sob correções, retrabalho e perda de crédito.

1. Mapeamento de processos e riscos

Antes de mudar, é preciso entender como as coisas funcionam hoje.
Mapear os fluxos contábeis, fiscais e operacionais revela:

Esse diagnóstico é o ponto de partida para evitar que o IBS seja implantado sobre estruturas frágeis.

 

2. Tecnologia integrada — além do ERP

É hora de parar de usar o sistema apenas como emissor de notas.
A transformação exige:

3. Treinamento e capacitação da equipe

O fator humano é inegociável.
O IBS exigirá profissionais com:

Investir em educação continuada e trilhas de capacitação interna é tão importante quanto contratar um bom sistema.

 

4. Cronograma interno: planejamento em fases

Seguir o cronograma legal é o mínimo.
Criar um cronograma interno, por fases, é o diferencial. Exemplo:

 

Logo, a implementação do IBS representa uma das maiores inflexões do sistema tributário brasileiro em décadas.
Mas, mais do que alterar códigos e alíquotas, ela reformula o papel das empresas, dos sistemas e, acima de tudo, das pessoas que gerem esses processos.

Nesse cenário, o contador deixa de ser o executor de obrigações para se tornar o arquiteto da governança tributária.
Aquele que traduz a nova legislação em processos eficazes, previsíveis e sustentáveis.

O que aprendemos até aqui?
E agora?

A contabilidade brasileira vive um marco histórico.
E quem entender isso antes dos demais estará não apenas cumprindo a lei, estará construindo valor.

Valor para o negócio.
Valor para o mercado.
E valor para uma profissão que, cada vez mais, se torna indispensável para a saúde financeira e reputacional das empresas.

O IBS não será o fim da complexidade.
Mas pode ser, sim, o início da maturidade contábil e fiscal que o Brasil tanto precisa — e você pode liderar esse movimento.

 

Pensando nisso, nós, da FAS Group, temos um time especializado  e preparado para auxiliar empresas e seus sócios, mas também o contribuinte pessoa física em assuntos contábeis e tributários. 

Somos um escritório com mais de 60 anos de experiência, focado em apoiar empresas e em auxiliar pessoas físicas e jurídicas. Assim, enquanto trabalhamos para organizar a casa, você se concentra naquilo que você faz de melhor.

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