O Brasil está diante da maior transformação fiscal em décadas. A substituição de tributos como PIS, Cofins, ICMS e ISS pelo modelo dual de IBS (estadual/municipal) e CBS (federal) representa não apenas uma reestruturação de alíquotas, mas uma mudança de mentalidade tributária, tecnológica e operacional.
E o governo decidiu fazer isso com um ensaio geral.
Em 2026, empresas de todos os portes serão obrigadas a emitir documentos fiscais contendo as novas alíquotas e bases de cálculo de IBS e CBS, sem qualquer recolhimento efetivo. A cobrança só começa em 2027, mas a prestação de informações será usada como base para validar sistemas, ajustar inconsistências e calibrar a arrecadação do país.
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O recado é claro: quem tratar 2026 como um ano-teste irrelevante, estará fora de sintonia quando o espetáculo começar de verdade.
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| O que sua empresa precisará fazer em 2026?
Apesar de não haver recolhimento, o volume de trabalho será grande. A emissão das notas fiscais com os novos tributos exigirá:
- Adequação de sistemas de ERP e emissão fiscal
As notas terão campos novos, exigindo integração com plataformas atualizadas, APIs e regras de validação específicas para IBS e CBS. - Revisão da precificação e cálculo de tributos
Mesmo que simbólicos, os valores de alíquota precisarão estar corretos — e qualquer divergência identificará falhas no cálculo, que poderão se tornar autuações reais a partir de 2027. - Treinamento de equipes fiscal, contábil e financeira
O novo modelo exige lógica de apuração distinta. Departamentos precisarão operar simultaneamente no modelo atual (PIS, Cofins, ICMS, ISS) e no novo (IBS, CBS), o que exige um ambiente de “dupla competência”. - Acompanhamento das mudanças normativas
A regulamentação do PLP 68 e do PLP 108 está em curso, e seus desdobramentos afetarão diretamente os layouts das obrigações acessórias e os critérios de escrituração.
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| E o split payment? Um laboratório dentro do laboratório
Paralelamente à emissão simbólica de IBS e CBS, o governo pretende iniciar em 2026 os testes operacionais do split payment — modelo no qual os tributos são automaticamente retidos e repassados ao fisco no ato do pagamento.
Se hoje o ICMS ou o PIS é pago posteriormente à venda, com controle pelo contribuinte, o split payment antecipa essa retenção para o momento da transação, reduzindo riscos de sonegação, inadimplência e erros contábeis.
Embora essa fase ainda esteja em planejamento, ela deverá abranger empresas do modelo B2B, com sistemas bancários e fiscais integrados. Para quem conseguir estruturar essa operação, os ganhos podem incluir:
- Aproveitamento mais rápido dos créditos tributários;
- Conformidade fiscal automatizada;
- Menor exposição a autuações e multas por recolhimento indevido.
| O perigo da subvalorização: o que acontece se sua empresa “não se importar”?
Ignorar 2026 como fase de testes é o equivalente a ensaiar um espetáculo sem luz, sem som e sem palco.
Muitas empresas podem pensar: “já que não haverá recolhimento, não há com o que se preocupar”. Mas isso é um erro grave. Porque os dados emitidos em 2026 serão os mesmos que alimentarão os algoritmos, modelos de arrecadação e futuras auditorias em 2027.
Se sua empresa emitir notas com alíquotas incorretas, erros de base de cálculo ou falhas de integração, esses dados ficarão registrados nos sistemas do fisco. E ainda que não gerem multa imediata, serão usados como parâmetro e, eventualmente como prova, no primeiro ano oficial da reforma.
Ou seja, 2026 não é um ano neutro. É um espelho. E o que sua empresa mostrar, será cobrado depo
| Como transformar o ano-teste da Reforma Tributária em vantagem competitiva
Para empresas preparadas, 2026 será mais do que um piloto técnico. Será uma oportunidade de:
- Treinar suas equipes em ambiente real, com margem para erro.
- Ajustar sistemas com calma, antes da vigência efetiva.
- Entender o impacto do novo modelo nos preços, margens e fluxo de caixa.
- Identificar gargalos operacionais, fiscais e jurídicos com antecedência.
- Demonstrar maturidade e conformidade para o mercado, sócios e investidores.
E mais: será o momento ideal para repensar o planejamento tributário de longo prazo, aproveitando o novo ambiente fiscal para reposicionar filiais, rever regimes e analisar alternativas como o split payment ou regimes híbridos.
O ano de 2026 não será um ano de alívio. Será um ano de alerta. E quem enxergar isso terá tempo de sobra para se destacar em um dos momentos mais exigentes da história tributária brasileira.
Tratar o piloto da reforma com seriedade não é apenas um dever técnico. É uma estratégia de liderança.
Porque, quando o novo sistema entrar oficialmente em vigor, quem tiver aprendido com os erros de 2026, não estará começando, estará acelerando.
Pensando nisso, nós, da FAS Group, temos um time especializado e preparado para auxiliar empresas e seus sócios, mas também o contribuinte pessoa física em assuntos contábeis e tributários.
Somos um escritório com mais de 60 anos de experiência, focado em apoiar empresas e em auxiliar pessoas físicas e jurídicas. Assim, enquanto trabalhamos para organizar a casa, você se concentra naquilo que você faz de melhor.
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